o (X) da questão.

Com as novas mudanças no vestibular propostas pelo Ministério da Educação, muito tem sido discutido à respeito da eficiência do vestibular; além de ser uma prova extensa e cansativa, ela não é capaz de avaliar aquilo que o candidato realmente sabe, prova disso são as universidades cheias de estudantes deficientes em disciplinas (básicas) como Língua Portuguesa e Matemática, como se não bastasse, é evidente a alienação que ocorre entre boa parte destes, poucos estão a par da situação política, econômica e social.

Defendo a ideia de que para se conhecer a capacidade de um candidato não são necessárias mais que três questões. Acho interessante a iniciativa do novo ENEM, questões contextualizadas mostram o nível de informação da pessoa, o raciocínio, a análise, a leitura, entres outros aspectos.

Há alguns dias escrevi sobre o caso da estudante Geisy Arruda (não quero ser repetitiva, mas), analisando friamente toda a situação, acho que podem ser tiradas algumas lições do ocorrido, na realidade, o fato serviu para mostrar mais uma vez a deficiência na educação, seja ela de base ou superior.

Muitos alunos da Uniban deram entrevistas em defesa da universidade, e a cada entrevista ao invés de melhorar, apenas pioravam ainda mais a imagem da instituição, além dos erros grotescos de português, a total falta de educação e sensibilidade deixou bem clara a qualidade da educação, não só da Uniban, mas do Ensino Superior como um todo.

Eu me pergunto, como uma estudante que passou num vestibular não conseguiu acertar à nenhuma das seguintes questões:

1. Em que década foi inventada a minissaia?

2. Que metal radioativo é a principal fonte de energia nuclear?

3. O que está escrito na bandeira do estado de São Paulo?

4. As ilhas Galápagos pertencem a qual país?

5. Qual é o maior planeta do sistema solar?

Posso afirmar que se as mesmas questões fossem feitas aos alunos de outras universidades, boa parte teria o mesmo desempenho.

É a triste realidade. É preciso mais do que boas intenções e boas propostas para a melhoria da educação, é preciso investimento, não adianta gastar milhões num novo formato de vestibular se os alunos continuam saindo do Ensino Médio semi-analfabetos.

 

As questões acima foram retiradas do quadro CQTeste, do programa CQC, da rede Bandeirantes, o vídeo já está disponível no youtube para os interessados.

CQTeste com Geisy Arruda